Num dia desses, li uma matéria que dizia que a compulsão por doces
é tão forte quanto ao vício em drogas. Pensei na minha situação, após ter
lançado o desafio de ficar 54 dias sem colocar sequer um doce na boca.
É óbvio que até agora (41 dias de desafio), eu devo ter
fracassado uns 3 dias e um deles foi sábado passado em que meu marido se
prontificou a fazer pizzas para uma despedida de um amigo que morará 3 anos na
Suécia.
Pizza doce é tudo de bom! Só um pedacinho não tem problema!
E lá fui eu comer mais que um simples “pedacinho” de pizza doce.
Já
percebi que quando tentamos nos enganar com a desculpa do "eu mereço"
para atacar mais uma fatia de bolo na sobremesa, isso tem uma explicação: vício
em açúcar. Diversos estudos constataram que esta compulsão pode ser
considerada tão séria e tão forte quanto o alcoolismo e o tabagismo.
Todo
mundo já experimentou a sensação de necessidade de ingerir açúcar em algum
momento da vida. Afinal, doces têm a capacidade de nos fazer sentir mais
felizes e estudos recentes provaram que os humanos são programados desde a mais
tenra idade a desejar o sabor doce. E, uma vez que o corpo experimenta a
recompensa açucarada, não leva muito para se viciar. O vício surge já no
nascimento, pois o leite materno é extremamente doce, fazendo com que o
recém-nascido comece a reconhecer o prazer de ingerir alimentos adocicados.
A compulsão surge porque após ingerir uma guloseima, o cérebro libera substâncias
químicas naturais (opioides) que dão sensação de imenso prazer. Ao reconhecer
esta sensação boa, o cérebro começa a pedir mais e mais doces.
Quando ingerimos doces, o açúcar entra no sistema sanguíneo, elevando os níveis de glicose e estimulando o pâncreas a produzir e liberar um hormônio chamado insulina, que converte a glicose em energia e em estoques de gordura. Mas além de cáries e obesidade, os doces também são ligados a outras doenças sérias, como depressão do sistema imunológico, diabetes e alterações de humor.
Há
estudos que mostram que a compulsão açucarada produz no cérebro o mesmo efeito
químico da heroína e da morfina, e o corpo "aprende" a pedir mais e
mais açúcar para conseguir o efeito prazeroso que ele produz no organismo.
Ao
fracassar na minha meta percebi que eliminar o açúcar da dieta é quase
impossível, mas há como reduzir sua ingestão ao evitar alimentos
industrializados, em especial com farinha branca e refrigerantes. Beber mais
água ajuda, pois o cérebro confunde desidratação com fome. Ingira mais
proteínas, que garantem saciedade por mais tempo e ajudam a resistir à vontade
de comer um docinho. Tente abrir mão da sobremesa por três semanas para
readaptar o paladar e diminuir a compulsão. Garanto a vocês que o hábito de
comer doces realmente é um vício drástico, tanto quanto o álcool e o cigarro.
Mas uma coisa é certa. Não sinto mais aquela necessidade compulsiva em comer doces todos os dias. Antes suava frio ao resistir a um doce e parecia uma fumante com abstinência do cigarro (apesar de eu nunca ter fumado, já tive a oportunidade de conviver com fumantes tentando parar de fumar - é triste...). Ultimamente ao comer um doce, sinto que meu organismo o rejeita e chego até passar mal. E ao ter essa sensação, observo o quanto o açúcar é maléfico à saúde.
Mas uma coisa é certa. Não sinto mais aquela necessidade compulsiva em comer doces todos os dias. Antes suava frio ao resistir a um doce e parecia uma fumante com abstinência do cigarro (apesar de eu nunca ter fumado, já tive a oportunidade de conviver com fumantes tentando parar de fumar - é triste...). Ultimamente ao comer um doce, sinto que meu organismo o rejeita e chego até passar mal. E ao ter essa sensação, observo o quanto o açúcar é maléfico à saúde.
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